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Visão sobre pessoas pretas dentro e fora do BBB-24

Lilian Alves

Autora: Lilian Alves
Consultora de D&I | Headhunter | Palestrante | Mentora

(Texto publicado originalmente no Linkedin da Lílian Alves)

Muito importante falar sobre como pessoas pretas são vistas dentro e fora do BBB. A preta que serve, que não bate de frente ou discorda de camarotes, é super querida lá dentro da casa e até o momento nunca foi votada. Agora o preto que se posiciona, que expõe a sua opinião (na maioria das vezes para se defender), jamais poderá ser o campeão do programa.

Observando as falas e críticas aqui fora, quem gosta do jogo do Davi, às vezes sem perceber e por estar inserido(a) em uma estrutura onde o pacto da branquitude prevalece e que falar de racismo é “mi mi mi”, tem utilizado termos bastante preconceituosos para atacar a participante Leidy Elin, o que vai além do jogo. Não precisamos concordar com a sua estratégia ou torcer por ela, entretanto, referir-se a Leidy com expressões pejorativas e racistas é perpetuar o que precisamos combater. A moça, assim como Davi, infelizmente, não passam de vítimas de uma estrutura imposta e enraizada onde pessoas pretas precisam servir e baixar a cabeça para conquistar um lugar na sociedade e nas empresas onde trabalham. É o famoso: “Preciso estar próximo(a) para ser visto(a)” ou “Quem não é visto não é lembrado”.

Todas as pessoas tem pontos de destaque, pontos a desenvolver e devem buscar o letramento. Mas porque uma fala homofóbica de Davi, que foi corrigida e jamais utilizada pelo jovem dentro do reality, é usada até hoje para desmoralizá-lo dentro e fora do programa? Porque independente do que faça suas palavras tem tanto peso e não “merecem” perdão? Pelo mesmo motivo que a mãe da participante Yasmin abraça aqui fora o machista branco que julgou o corpo da filha e quer processar um homem preto por chamá-la de inútil no jogo.

O BBB é um microcosmo da nossa sociedade e mesmo muitas pessoas dizendo: “…programa fútil…”, “…ahh não assisto…”, é inegável a repercussão que promove! E a reflexão que trago para nós, pessoas pretas e aliados(as): precisamos ser empáticos(as) e extremamente cuidadosos(as) ao reproduzir conteúdos e falas que devemos combater em nosso dia a dia!

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